quinta-feira, 16 de julho de 2009

Drawings 2009

Perdido 2008-2009
Indian ink on paper
52, 5 x 65 cm
(detail)

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Drawings 2008

Selva Urbana 2008
Indian ink on paper
52, 5 x 65 cm


Fora do Lugar 2008
Indian ink on paper
65 x 52, 5 cm

terça-feira, 8 de julho de 2008

Dromos 2006 to Present





Untitled (Dromos series) 2008
Indian ink on paper
52, 5 x 65 cm


Untitled (Dromos series) 2006
Indian ink on Offset paper
30 x 42 cm
Fundação PLMJ - PLMJ Foundation Collection


Untitled (Dromos series) 2006
Indian ink on Offset papper
100 x 70 cm
Private Collection (Spain)

Untitled (Dromos series) 2006
Indian ink on Offset paper
69, 6 x 54, 3 cm
Luiz Augusto Teixeira de Freitas Collection



Os desenhos apresentados são híbridos de lugares reconhecíveis e adaptações próximas da “deriva situacionista” de espaços da experiência colectiva: museus, ruas, aeroportos, edifícios, monumentos, etc. A mobilização do espaço público e do espaço doméstico, a «mobilização constante do nosso campo de percepção», essa «mobilização repentina da ilusão do mundo […] vindo o corpo próprio da testemunha a ser o último território urbano».[1]As cidades são imagens sobre a globalização e simultaneamente paisagens em que o conflito entre o centro e a periferia está presente. No início, os desenhos são, não mais do que pequenas “representações” de construções arquitectónicas numa folha de papel em branco que vão marcando a conexão com outras pequenas construções, muitas vezes até a folha ficar preenchida quase na sua totalidade. É impossível reconhecer algumas das cidades que são apresentadas. As redes das ruas proliferam em “fugas” serpentinas, que parecem que se desgastam à distância; as áreas residenciais e industriais, delineadas de outra maneira claramente em mapas da cidade, tornam-se sobrepostas. As imagens representam (em algum grau de simplificação ou abstracção formal) o que alguma vez se viu, “associado a sentimentos e razões.” Cada mancha, cada signo representado revive uma memória, não se trata de contenção, nem de academismo, nem de carácter decorativo, nem de previsibilidade. Há uma constante experimental, um risco assumido em permanência, acumulação de formas e, sinais oferecidos sobre a superfície, uma perspectiva fragmentada.Concretizo um trabalho sobre a memória própria e a ficção dessa memória, onde são possíveis imagens e pormenores, que só se entendem como sínteses, abruptas, contracções brutais, associações poéticas. Os desenhos representam paisagens “infinitas”, horizontes nunca habitadas: a presença humana, se existisse seria ínfima diante de essa hegemonia da paisagem.
[1] Virilio, Paul, A Velocidade de Libertação, Tradução de Edmundo Cordeiro, Relógio D’Água, 2000, p. 8

Não andas corrente nisto das aventuras; são gigantes, são; e, se tens medo, tira-te daí, e põe-te em oração enquanto eu vou entrar com eles em fera e


“Não andas corrente nisto das aventuras; são gigantes, são; e, se tens medo, tira-te daí, e põe-te em oração enquanto eu vou entrar com eles em fera e desigual batalha”

Há pouco mais de 400 anos D. Quixote descreveu os moinhos de vento como gigantes, “de longos braços que alguns chegam a tê-los de quase duas léguas”. É um facto que os moinhos contemporâneos são parecidos com gigantes, mas precisamos de travar “desigual batalha” com estes monstros?
A série de desenhos representa paisagens habitadas por aerogeradores, enquanto locais onde transita vento constante mas não excessivamente forte. Estas paisagens mecânicas são baseados na energia, na força, na sua materialização pela máquina e todo o sistema de produção de uma energia renovável em expansão indefinida.
A superfície do desenho que por vezes tem apenas espaço suficiente para que ponto, linha e mancha, são realizados com recurso ao enquadramento fotográfico. O desenho não se alinha, nem se “solapa” com as “confusões” da transparência fotográfica; centra-se nas bases fundamentais da representação, fazendo frente a temas relacionados com o fazer, com a reinvenção. A construção de um espaço que não se profunda, mas modifica-se uma e outra vez para que a ilusão de profundidade vá e venha dentro da superfície reduzida e aplanada do “objecto”, que é a folha de papel. No final a fotografia fica para trás, abandonada. Deste modo aparece o desenho como algo diferente, algo que tem a sua vida proscrita, interior. Pode-se compreender que a imagem não é o ponto de chegada senão a ”condução” até a simulação da realidade.


"Não andas corrente nisto das aventuras; são gigantes, são; e, se tens medo, tira-te daí,
e põe-te em oração enquanto eu vou entrar com eles em fera e desigual batalha”
(Algures e Distante series) 2007
Indian ink on paper
29,7 x 21 cm






























Algures e Distante 2007 to Present

Algures e Distante 2008
Indian ink on paper
29,7 x 21 cm

Algures e Distante 2007
Indian ink on paper
29,7 x 21 cm

Algures e Distante 2007
Indian ink on paper
29,7 x 21 cm


Perdido e Desorientado 2007

Perdido e Desorientado 2007
Indian ink on paper
14, 8 x 21 cm































Drawings 2006

























Untitled 2006
Ballpoint pen on paper
21 x 14, 9 or 14, 9 x 21 cm






Espaços d´Ana 2006

Espaços d'Ana 2006
Ballpoint pen on paper
14, 9 x 21 cm